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20 de novembro de 2008

O posicionamento da IURD sobre o aborto



No domingo, 31 de agosto de 2008, foi publicada na Folha Universal, jornal da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), uma mensagem de seu líder Bispo Edir Macedo, sobre a atual polêmica da legalização do aborto. Esta mensagem veio em complemento à reportagem sobre o debate aberto no Supremo Tribunal Federal a respeito da interrupção da gravidez em casos de anencefalia (fetos com má formação ou ausência cerebral). Nesta ocasião, o representante da IURD, bispo Carlos Macedo, declarou-se a favor do aborto de anencefálicos. A mensagem intitulada “A fé e o aborto”, traz uma análise do bispo Edir Macedo, abordando o assunto sob três pontos de vista diferentes. Indo na contra mão do que defende a esmagadora maioria das igrejas evangélicas brasileiras, a IURD, na pessoa de seu líder, é a favor da legalização do aborto (não só em casos de anencefálicos, como veremos). O que me causou maior espanto, entretanto, não foi o posicionamento favorável do bispo Edir Macedo, mas sim, a natureza de seus argumentos que quero comentar aqui.

O bispo Edir Macedo inicia sua mensagem apresentando três pontos de vista passíveis de análise, para discorrer sobre o assunto: o ponto de vista sócio-econômico, o ponto de vista da fé e o ponto de vista emocional.

Sobre o ponto de vista sócio-econômico, o bispo Edir Macedo deixa algumas questões para considerarmos, mas, infelizmente, não as responde, nem faz quaisquer comentários. São elas:

“1) Em que camada da sociedade o índice de natalidade é mais acentuado e por quê?

2) A quem interessa a multiplicação desordenada de seres humanos? Quem ganha e quem perde com isso?”


Lembrando que estamos tratando do assunto “aborto”, que relevância há o índice de natalidade, ou a “multiplicação desordenada de seres humanos”? Uma vez que o índice de natalidade é maior nas classes mais pobres da sociedade, por falta de planejamento familiar, muitas vezes, estaria o bispo Edir Macedo sugerindo que o aborto é uma opção válida como instrumento de planejamento familiar? Certa vez, fiquei estarrecido ao ler uma opinião semelhante na seção “cartas do leitor” de um jornal secular, mas deparar-me com este argumento vindo de um “bispo evangélico”, causou-me revolta e repúdio. Em minha concepção isto era, simplesmente, inimaginável.

Ainda do ponto de vista sócio-econômico, o bispo Edir Macedo argumenta:

“3) Porque muitos se mostram contrários ao aborto enquanto o promovem às ocultas?

4) Por que a mesma consciência que condena o aborto despreza as crianças geradas e criadas à revelia?”

Diante dessas acusações eu pergunto: será que a possível hipocrisia de alguns torna justa a prática do aborto? O fato de alguns (ou muitos, como apontou o bispo Edir Macedo) serem hipócritas torna a causa dos sinceros indigna de defesa? A incoerência de alguns anula a coerência dos outros? Que relevância há para a discussão o fato de alguns promoverem o aborto às ocultas, ou desprezarem as crianças carentes? Isso torna o aborto mais aceitável, ou menos pecaminoso? Certamente que não!

Do ponto de vista da fé, o bispo Edir Macedo sugeri as seguintes questões:

“1) Quais são as chances de uma criança abortada perder a Salvação da própria alma? A resposta para esta pergunta é: Nenhuma. O Senhor Jesus disse: ‘Deixai os pequeninos, não os embaraceis de vir a mim, porque deles é o reino dos Céus’ (Mateus 19.14)

2) Quais são as chances de uma criança chegar à idade adulta e perder a Salvação da alma? Na parábola do Semeador (...) de cada cem pessoas que ouvem a Palavra de Deus, 25 são salvas”

Pergunto: do ponto de vista da fé, estas são as perguntas mais pertinentes a se fazer com relação ao tema “aborto”?

Uma vez que o aborto é a interrupção da vida, não seria mais adequado perguntar: a quem pertence a vida do feto? Ou, quem tem o direito de interromper a vida? Quem tem o direito de decidir quando a vida começa e quando termina?

Além do mais, o fato da criança ter a sua salvação garantida, não faz do aborto um ato de misericórdia. A salvação da criança não muda o fato de o aborto ser um assassinato, nem isenta os pais (e os que consentem) da responsabilidade.

Da mesma forma, o fato de haver grandes chances de a criança perder a sua salvação quando crescer, também não dá direito a ninguém de decidir quando a vida dessa criança deve findar.

Também argumentou o bispo Edir Macedo:

“3) ‘Se alguém gerar cem filhos e viver muitos anos, até avançada idade, e se a sua alma não se fartar do bem, e além disso não tiver sepultura, digo que um aborto é mais feliz do que ele’ (Eclesiastes 6.3). Por que isso está escrito na Bíblia?”

A resposta vem nos seguintes termos: “Enquanto a criança estiver na idade da inocência, estará salva. Mas, ao entrar na idade da razão, perdendo, assim, a inocência, estará na dependência do perdão dos seus pecados e da aceitação de Jesus como seu Senhor e Salvador”.

Vamos deixar claro um princípio aqui. Quando uma criança morre, no que o bispo chamou de “a idade da inocência”, a sua salvação está garantida, não porque ela é justa, mas porque Deus, pela sua Graça e Misericórdia, decidiu que ela fosse salva. Não é o primeiro pecado que faz do homem um pecador, mas é por ser um pecador que o homem comete o primeiro pecado. Nós herdamos de Adão esta natureza pecaminosa e todos carecemos da graça e misericórdia de Deus (tendo ou não executado o primeiro pecado). Logo, não é pela própria justiça que a criança é salva, mas pela Graça divina.

Com relação ao versículo que o bispo citou, é bom salientar que o livro de Eclesiastes trata de uma observação que o autor fez de “tudo o que se faz debaixo do sol”. Esta expressão se repete muitas vezes no decorrer deste livro e nos indica o real sentido em que as passagens devem ser interpretadas.

Em Ec 6:3, por que o autor afirma que um aborto seria mais feliz do que um homem de longa vida que não se fartou do bem? Porque o aborto não teve alegrias nesta vida, mas também não padeceu necessidades e aflições, logo, se um homem viveu longos anos, mas em enfado de aflições, está em pior situação do que um aborto (no que se diz respeito a vida terrena). Por outro lado, qualquer pessoa que vive, mas tem alegria e contentamento está, com certeza, em melhor situação do que um aborto, que foi privado de sua vida terrena.

Portanto, é incoerência usar o texto de Ec 6:3 como argumento pró-aborto. Além disso, o texto trata da situação do feto abortado e não dos que cometem e consentem com o aborto.

Ainda do ponto de vista da fé, o bispo argumenta:

“Como um dos mandamentos da lei divina, ‘não matarás’ trata do direito do ser humano à vida. Não creio que Deus estivesse focando os seres ainda em formação quando proferiu tais palavras. Contudo, isso não significa que a vida de um feto deva ser interrompida indiscriminadamente. Há, porém, situações em que não há outra alternativa (...) O mandamento ‘não matarás’ não se aplica ao aborto de um ser que ainda não está formado. A bíblia considera o feto como uma ‘substância informe’.”

Bem, se o bispo Edir Macedo entende que o mandamento de “não matarás” garante o direito do ser humano à vida, mas ainda assim, não crê que este mandamento se aplica ao feto, então, isso revela que, para ele, o feto não é um ser humano. Essa idéia me lembra as opiniões de alguns cientistas quando debateram a respeito do uso de células tronco embrionárias (uso do qual também sou contrário). Naqueles dias ouvi um cientista dizer que um embrião que não terá chance de se desenvolver, não pode ser considerado um ser humano. Esse argumento me parece, tremendamente, irracional! Ora, um óvulo humano, fecundado por um espermatozóide humano, só pode gerar um ser humano! Nenhuma célula embrionária humana vai gerar um cachorro, ou um peixe, ou uma planta. O ser humano o é, independente de seu estágio de formação.

Infelizmente, isso não parece ser verdade para o bispo Edir Macedo. O que muito me surpreendeu (confesso que me escandalizou, até) foi o fato de o bispo defender que há situações onde o aborto é a única alternativa. A meu ver, a única situação que justificaria tal ato é no caso de alto risco de morte para a mãe. Mas esse pensamento passa longe do que advoga o bispo Edir Macedo. Fazendo mais uma menção inconseqüente da Palavra de Deus, o bispo afirma que a Bíblia trata o feto como uma substância informe, em outras palavras, como algo e não como alguém. Mas o que a Bíblia, realmente, diz a respeito:

O Sl 139:16 diz:

“Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda” ARA*

“Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia” ACRF*

O texto em referência não trata o feto como uma substância. Este texto é uma declaração do salmista a cerca da onisciência de Deus, que nos conhece ainda antes que o nosso corpo seja formado. Antes que qualquer substância fosse gerada no ventre, o Senhor já nos conhecia! Este é o sentido do texto.

Analisando outros textos podemos notar que para Deus a vida intra-uterina é tão importante quanto a nossa vida.

“Antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre, te santifiquei; às nações te dei por profeta” (Jr 1:5) – Jeremias foi chamado por Deus, para ser profeta, antes de ser gerado no ventre de sua mãe.

“Ouvi-me, ilhas, e escutai vós, povos de longe: O SENHOR me chamou desde o ventre, desde as entranhas de minha mãe fez menção do meu nome” (Is 49:1) – Isaías, dentro do ventre de sua mãe, já era chamado por Deus pelo nome.

“Porque será grande diante do Senhor, e não beberá vinho, nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe” (Lc 1:15) – João Batista foi cheio do Espírito Santo, ainda no ventre de sua mãe.

Mas dentre os textos bíblicos referentes a este assunto, há um que considero muito especial – Ex 21:22-23:

“Se alguns homens pelejarem, e um ferir uma mulher grávida, e for causa de que aborte, porém não havendo outro dano, certamente será multado, conforme o que lhe impuser o marido da mulher, e julgarem os juízes. Mas se houver morte, então darás vida por vida” (ARCF)

“Se homens brigarem e ferirem uma mulher grávida, e ela der à luz prematuramente e, não havendo, porém, nenhum dano sério, o ofensor pagará a indenização que o marido daquela mulher exigir, conforme a determinação dos juízes. Mas, se houver danos graves, a pena será vida por vida” (NVI)

Este texto declara que em caso de aborto (interrupção do período normal da gestação), aquele que o causou (ainda que por acidente) deveria ser punido conforme a lei da retaliação: “olho por olho e dente por dente”. Se não houvesse morte, nem do bebê, nem da mãe, o culpado pagaria o que fosse estipulado pelo marido. Mas se ocorresse a morte da esposa, ou do bebê (seja em estágio fetal ou não), o culpado pagaria com a própria vida! “Vida por vida”.

Portanto, a Palavra de Deus trata o feto como um ser humano, como alguém, não, simplesmente, como uma substância informe.

Prosseguindo com a leitura desta infeliz matéria, pude comprovar o que eu só suspeitava quando comecei a lê-la (suspeitava, mas me recusava a acreditar). A declaração seguinte do bispo Edir Macedo, caiu como uma bomba no meu coração! Ele disparou:

“Não sou contra a concepção, por questão de fé. Mas, pela mesma razão, não sou contra o direito que a mulher tem de interromper o desenvolvimento do feto se suas condições não atenderem às necessidades básicas de uma criança”

Desde quando, a falta de recursos dá à mãe direitos sobre a vida do filho? Que tipo de fé é essa professada pelo bispo Edir Macedo que nega a soberania de Deus na decisão da vida ou da morte? Se toda a vida pertence a Deus, que direito tem a mãe sobre a vida do filho? Ninguém tem o direito de privar-se da própria vida, o que dirá da vida do outro! Aquele que atenta contra a própria vida é passível de punição, como não seria o que atenta contra a vida do filho?

O bispo parece ter encontrado a solução para a miséria e para o crescimento desordenado da humanidade! “O que você não puder sustentar, mata!” – Essa parece ser a proposta do bispo. “Você já tem dois filhos e o terceiro não é planejado? Então, aborta!”. Para o bispo Edir Macedo, a pobreza justifica o assassinato! Soluções simples como o a entrega do bebê para a adoção, nem sequer foi cogitada pelo bispo Edir Macedo!

Como se já não fosse o bastante, ele ainda termina sua mensagem com argumentações que são até difíceis de comentar, de tão descabidas:

“É sabido que a promiscuidade é fruto da falta de temor a Deus, mas o aborto não seria um estímulo à sua proliferação? Com ou sem aborto, a promiscuidade continuará a se proliferar cada vez mais aceleradamente por causa da corrupção do gênero humano.”

Embora eu, realmente, acredite que a liberação indiscriminada do aborto, seria sim, um estímulo à promiscuidade, eu não quero entrar nesta questão. Mas o que eu me pergunto diante de tal argumento é: o fato da prática do aborto não estimular o avanço da promiscuidade, faz do aborto algo aconselhável? Porque muitos são promíscuos, o feto pode ser assassinado? A corrupção do gênero humano isenta, os que praticam e consentem com o aborto, da responsabilidade da vida perdida? Claro que não! É certo que nenhum homicida (não arrependido) herdará o reino de Deus (Gl 5:19-21; Tg 2:11; 1jo 3:15; Ap 21:8; Ap 22:15).

O bispo continua:

“Temos ainda que analisar o seguinte: A força da lei impede o aborto?”

Não, não impede! Assim como também não impede os roubos, os estupros, o tráfico de drogas, os homicídios e, no entanto, nada disso deve ser legalizado por isso! E nada disso é menos grave por isso!

Em seguida o bispo argumenta:

“Quem mais ganha com a multiplicação de almas, o Reino de Deus ou o reino de Satanás?” Qual é a probabilidade de um recém-nascido vir a aceitar Jesus como Senhor e Salvador quando crescer?”

Para o bispo, a menor probabilidade de conversão, justifica o assassinato. Mais uma vez ele muda o foco da questão! O aborto é um atentado contra uma vida indefesa e inocente. O feto é a única vítima e, a condição espiritual da vítima, não interfere na gravidade do crime, nem isenta da culpa, os criminosos. E, uma vez que, toda vida é dada por Deus, esta declaração do bispo Edir Macedo faz Deus parecer inconseqüente, já que, segundo ele, a multiplicação de almas favorece o reino de Satanás.

E, finalizando a sua análise do ponto de vista da fé, o bispo Edir Macedo declarou:

“O que é mais pecaminoso, a relação sexual ilícita ou o aborto? De acordo com a bíblia, pecado é pecado, independente de ser considerado pequeno ou grande, pois qual é a diferença entre pecadinho e pecadão, se ambos levam à morte eterna?”
– e assim ele encerra sua argumentação do ponto de vista da fé.

É difícil determinar onde o bispo Edir Macedo quer chegar com esta declaração, já que suas palavras entram em contradição com tudo aquilo que ele vinha argumentando até aqui! Com esta declaração ele acaba de afirmar que o aborto é sim um pecado! E um pecado tão grave quanto a relação sexual ilícita, sendo, portanto, dignos de “morte eterna”! Sendo assim, por que o aborto não se aplica ao mandamento “não matarás”, como argumentou anteriormente? Que tipo de pecado é o aborto, então? Sendo, o aborto, um pecado que leva a morte eterna, que tipo de fé é essa professada pelo bispo Edir Macedo que apóia o aborto por não haver risco de a criança perder a sua salvação, mas que, em contra-partida, ignora a alma da mãe e dos responsáveis, condenado-os ao inferno? Sendo o aborto um pecado que leva à condenação, que circunstância justificaria tal ato? Será que o crescimento desordenado da humanidade, ou a pequena probabilidade de salvação, ou a hipocrisia de alguns no tratar do aborto, ou, ainda, a falta de assistência às crianças carentes, ou o inevitável aumento da promiscuidade humana, são motivos suficientes para que o aborto seja realizado e justificado diante de Deus? Eu acredito que não!

Do ponto de vista emocional, o bispo Edir Macedo apresenta um único questionamento:

“Do ponto de vista emocional, os argumentos contra o aborto são ainda mais fortes, principalmente por parte daqueles que conseguem criar os próprios filhos de forma adequada, isto é, sem deixar faltar-lhes pão, casa, educação e tudo o mais que é necessário ao desenvolvimento saudável de uma criança. É muito confortável, para os que têm condições, ser contra o aborto, sem se importarem com os que passam fome. Deus abençoe a todos.”

Mais uma vez o bispo Edir Macedo deixa claro que, para ele, a pobreza justifica o aborto. E, neste caso, ele alega que, os que advogam contra o aborto, o fazem por falta de empatia com a miséria da sociedade. Mas eu pergunto: é uma atitude racional matar uma criança por não poder criá-la? Será que nossa sociedade (governantes e governados) está tão decadente e falida que não deixa nenhuma alternativa viável às mães que não tem nenhuma condição de criar seus filhos, a ponto de só restar-lhes o aborto? Não sou tão pessimista assim!

E não seria por uma questão fortemente emocional que muitos lutam pela legalização do aborto? Com certeza! As mães que optam por abortar um filho fruto de estupro, não o fazem por não suportar lidar com a lembrança de que aquela criança foi o resultado de um ato de extrema violência? E é razoável que a criança pague pelo crime do pai? Os pais que optam pelo aborto em casos de anencefalia, não o fazem por não conseguirem lidar com a desesperança de vida na previsão médica? Não o fazem por não quererem lidar com a morte prematura da criança? Não o fazem, muitas vezes, para que não se apeguem a criança e venham a sofrer ainda mais depois? Não é também por uma questão emocional, que os que tem uma vida promíscua, optam pelo aborto, por não suportarem assumir as conseqüências de seus próprios pecados?

São muito mais fortes os apelos emocionais dos que defendem o aborto, dos que os que são contra ele. Os que defendem o direito ao aborto, ignoram os direitos que a criança tem à vida e desprezam a verdade de que Deus é o único digno de decidir sobre o tempo de vida de cada ser humano sobre a terra.


Para ler o artigo na íntegra acesse:
http://www.folhauniversal.com.br/integra.jsp?codcanal=9988&cod=136763&edicao=856

Nota: ARA – Almeida Revista e Atualizada; ACRF – Almeida Corrigida e Revisada Fiel.


Para mais posicionamentos da IURD leia também:

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